Antes do século I, as terras vastas do sul da
Rússia pertenciam a tribos que não eram unidas entre si, como os proto-indo-europeus e os citas. Entre os séculos III e VI, as estepes foram esmagadas
por ondas sucessivas de invasões de bárbaros e povos nômades, conduzidas por
tribos bélicas como os hunos, entre
outros. Por volta do século VIII os czares governaram o sul da Rússia. Foram aliados importantes
do Império Bizantino e
originaram uma série de guerras sangrentas contra os califados árabes. Entre os séculos X e XI, o principado
de Kiev era o maior da Europa e um dos mais
prósperos, devido ao comércio diversificado tanto com a Europa como com a
Ásia. Durante o século XI e
XII, a invasão constante de tribos turcas nômades, como os cumanos e os pechenegues, levou à migração maciça das populações eslavas do
Sul às regiões pesadamente arborizadas do norte, conhecidas como Zalesye. Nessa
era, o termo Rhos ou Rus passaram a ser
aplicados aos eslavos que dominavam a região.
Os estados medievais da República
de Novgorod e Vladimir-Súzdal emergiram como sucessores do
antigo e grande principado de Kiev naqueles territórios, enquanto que metade do rio
Volga veio a ser dominada pelo estado muçulmano do Volga, a Bulgária. Em
muitas outras partes da Euroásia os territórios foram atravessados
pelos invasores mongóis, que formaram o estado da "Horda de
Ouro", e pilharam os principados russos durante mais de três séculos.
Depois, os tártaros governaram os territórios do Sul e do centro da
Rússia atual, enquanto os territórios da Ucrânia atual e da Bielorrússia foram
incorporados no Grão-Ducado da Lituânia da Polônia, dividindo assim a população
russa.
Parte 02
Revolução Russa
Parte 02
É sob o
comando de Moscou que Moscóvia (também conhecida como Principado de
Moscou ou Grão-Ducado de Moscou) reanima-se e organiza a sua própria guerra da
reconquista, voltando a anexar os seus territórios. Depois da queda de
Constantinopla em 1453, Moscóvia permaneceu como o único estado
cristão mais ou menos funcional na fronteira oriental da Europa, permitindo
reclamar a sucessão do Império Romano Oriental. No começo do século
XVI, o principado decide que o objectivo nacional seria recuperar todos os
territórios russos perdidos durante a invasão dos tártaros e proteger
a região fronteiriça do sul contra contra-ataques dos tártaros
da Crimeia e do império otomano. Os nobres foram obrigados a
servir nas forças militares para esta reconquista.
No século
XVI, Ivan, o Terrível, foi oficialmente coroado o
primeiro czar da Rússia, em 1547. Durante o seu reinado, Ivan IV
reconquista os territórios aos tártaros e cria uma Rússia multi-cultural e
multi-religiosa. No fim do século, Ivan consegue criar as primeiras sementes
na Sibéria. Ivan também será lembrado pelas atrocidades cometidas durante
sua época.
As
barreiras criadas pelos muçulmanos na zona da Turquia e do
médio-oriente fizeram que as especiarias oriundas da Índia destinadas
para a Europa passassem pela zona norte-este da Europa: Moscóvia. O principiado
soube aproveitar esta tendência e criou grandes rotas comerciais entre a Índia,
a Moscóvia e, por fim, a Europa.
Porém, as
novas vias comerciais marítimas com o Oriente abertas
pelos portugueses durante os Descobrimentos, contribuíram para o
declínio da riqueza que então viera a ser gerada através dessas rotas
comerciais.
Revolução Russa
A Revolução
Russa de 1917 foi uma série de
revoltas políticas na Rússia, que, após a eliminação da
autocracia russa, teve uma série de guerras e conflitos antes mesmo
de começar a Revolução. O Governo Provisório propôs uma
alienação entre os partidos Menchevique e Bolchevique e (Tataks),
resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do
partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da
União Soviética, o primeiro país socialista do mundo, que durou
até 1991.
A Revolução compreendeu duas fases
distintas:
- A Revolução de Fevereiro (março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II da Rússia, o último Czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal.
- A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o Partido Bolchevique, liderado por Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético.
Revolução de 1905
Em 1904, a Rússia, que desejava expandir-se para o oriente, entrou
em guerra contra o Japão devido à posse da Manchúria, mas foi
derrotada. A situação socioeconômica do país agravou-se, e o
regime político do czar Nicolau II foi abalado por uma série de
revoltas, em 1905, envolvendo operários, camponeses, marinheiros e
soldados do exército. Dessa forma, a Rússia foi a primeira a entrar
a na primeira guerra mundial.
A Revolução Russa de 1905, mais conhecida como "Domingo
Sangrento", tinha sido derrotada por Nicolau II, mas serviu de
lição para que os líderes revolucionários avaliassem seus erros e
suas fraquezas e aprendessem a superá-los. Foi, segundo Lênin, um
ensaio geral para a Revolução Russa de 1917
Revolução de 1917
Mesmo abatida pelos reflexos da derrota militar frente ao Japão, a
Rússia envolveu-se em um outro grande conflito, a Primeira Guerra
Mundial (1914-1918), em que também sofreu pesadas derrotas nos
combates contra os alemães. A longa duração da guerra provocou
crise de abastecimento alimentar nas cidades desencadeando uma série
de greves e revoltas populares. Incapaz de conter a onda de
insatisfações, o regime czarista mostrava-se intensamente
debilitado.
Em 15 de março de 1917, o conjunto de forças políticas de oposição
(liberais burguesas e socialistas) depuseram o czar Nicolau II, dando
início à Revolução Russa.
Revolução de Fevereiro
A Revolução de Fevereiro de 1917 inaugurou a primeira fase
da Revolução Russa de 1917. Seu resultado imediato foi a abdicação
do Czar Nicolau II. Ela ocorreu como resultado da insatisfação
popular com a autocracia czarista e com a participação do país na
Primeira Guerra Mundial. Ela levou a transferência de poder do Czar
para um regime republicano e democrático, surgido da aliança entre
liberais e socialistas que pretendiam conduzir reformas políticas
Revolução de Outubro
A Revolução de Outubro na Rússia, também conhecida como
Revolução BolcheviqueRevolução Vermelha, foi a
segunda fase da Revolução Russa de 1917, depois da Revolução de
Fevereiro do mesmo ano. Começou com o golpe de estado, liderado por
Vladimir Lênin e pelos bolcheviques, contra o governo provisório,
em 25 de outubro de 1917 (pelo calendário juliano) e 7 de novembro
pelo calendário gregoriano. Foi a primeira revolução comunista
marxista do século XX e deu o poder aos bolcheviques ou
Guerra civil
A guerra civil russa foi um conflito armado que eclodiu em
abril de 1918 e terminou em 1921. Durante este período, exércitos e
milícias de diversos matizes políticos se enfrentaram com o
objetivo de implantar o seu próprio sistema. As partes em conflito
incluiram ex-generais tzaristas, republicanos liberais, milícias
anarquistas e tropas de ocupação estrangeiras. O Exército Vermelho
foi o único vencedor do conflito, após o qual foi criado o Estado
Soviético, sob liderança inconteste dos bolcheviques.
Criação da União Soviética
Terminada a guerra civil, a Rússia estava completamente arrasada,
com graves problemas para recuperar sua produção agrícola e
industrial. Visando promover a reconstrução do país, Lênin criou,
em fevereiro de 1921, a Comissão Estatal de Planificação Econômica
ou GOSPLAN, encarregada da coordenação geral da economia do
país. Pouco tempo depois, em março de 1921, adaptou-se um conjunto
de medidas conhecidas como Nova Política Econômica ou NEP.
Guerra Fria
Fim da União Soviética
O enfraquecimento do governo da União Soviética levou a uma série de eventos que terminaram por causar a dissolução da União Soviética, um processo gradual que ocorreu entre cerca de 19 de janeiro de 1990 a 31 de dezembro de 1991.
O golpe de agosto de 1991 praticamente abriu as comportas para o movimento de independência das repúblicas que compunham a União Soviética. As repúblicas do Báltico já tinham tentado separar-se em 1990, mas foram severamente reprimidas. Com o fracasso do golpe, o cenário mudou totalmente. As forças conservadoras estavam derrotadas e quem mandava realmente era Bóris Yeltsin – e não mais Gorbatchev, cujo poder estava completamente esvaziado.
Guerra Fria
Guerra Fria é a designação atribuída ao período
histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados
Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra
Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991). Em resumo, foi um
conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica
entre as duas nações e suas zonas de influência.
É chamada "fria" porque não houve uma guerra
direta ou seja bélica, "quente", entre as duas superpotências, dada a
inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear. A corrida armamentista pela
construção de um grande arsenal de armas nucleares foi o objetivo central
durante a primeira metade da Guerra Fria, estabilizando-se na década de 1960
até à década de 1970 e sendo reativada nos anos 1980 com o projeto do
presidente estadunidense Ronald Reagan chamado de "Guerra nas Estrelas".
Fim da União Soviética
O enfraquecimento do governo da União Soviética levou a uma série de eventos que terminaram por causar a dissolução da União Soviética, um processo gradual que ocorreu entre cerca de 19 de janeiro de 1990 a 31 de dezembro de 1991.
O golpe de agosto de 1991 praticamente abriu as comportas para o movimento de independência das repúblicas que compunham a União Soviética. As repúblicas do Báltico já tinham tentado separar-se em 1990, mas foram severamente reprimidas. Com o fracasso do golpe, o cenário mudou totalmente. As forças conservadoras estavam derrotadas e quem mandava realmente era Bóris Yeltsin – e não mais Gorbatchev, cujo poder estava completamente esvaziado.
Em 4 de setembro de 1991, Gorbatchev,
como presidente da União Soviética, Boris
Iéltsin, na qualidade de presidente da Rússia, e mais
os líderes de outras nove repúblicas, em sessão extraordinária do Congresso dos
Deputados do Povo, apresentaram um plano de transição para criar um novo
Parlamento, um Conselho de Estado e uma Comissão Econômica Inter-Republicana.
Embora tentasse estabelecer os parâmetros para uma nova união entre as diversas
repúblicas, esse plano, na verdade, significava o desmantelamento formal da
estrutura tradicional do poder soviético.
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