terça-feira, 24 de janeiro de 2012

História da Rússia

Parte 01
Ficheiro:IE expansion.png



       Antes do século I, as terras vastas do sul da Rússia pertenciam a tribos que não eram unidas entre si, como os proto-indo-europeus e os citas. Entre os séculos III e VI, as estepes foram esmagadas por ondas sucessivas de invasões de bárbaros e povos nômades, conduzidas por tribos bélicas como os hunos, entre outros. Por volta do século VIII os czares governaram o sul da Rússia. Foram aliados importantes do Império Bizantino e originaram uma série de guerras sangrentas contra os califados árabes. Entre os séculos X e XI, o principado de Kiev era o maior da Europa e um dos mais prósperos, devido ao comércio diversificado tanto com a Europa como com a Ásia. Durante o século XI e XII, a invasão constante de tribos turcas nômades, como os cumanos e os pechenegues, levou à migração maciça das populações eslavas do Sul às regiões pesadamente arborizadas do norte, conhecidas como Zalesye. Nessa era, o termo Rhos ou Rus passaram a ser aplicados aos eslavos que dominavam a região.
            Os estados medievais da República de Novgorod e Vladimir-Súzdal emergiram como sucessores do antigo e grande principado de Kiev naqueles territórios, enquanto que metade do rio Volga veio a ser dominada pelo estado muçulmano do Volga, a Bulgária. Em muitas outras partes da Euroásia os territórios foram atravessados pelos invasores mongóis, que formaram o estado da "Horda de Ouro", e pilharam os principados russos durante mais de três séculos. Depois, os tártaros governaram os territórios do Sul e do centro da Rússia atual, enquanto os territórios da Ucrânia atual e da Bielorrússia foram incorporados no Grão-Ducado da Lituânia da Polônia, dividindo assim a população russa.




Parte 02




Ficheiro:Moscow1500.png




            É sob o comando de Moscou que Moscóvia (também conhecida como Principado de Moscou ou Grão-Ducado de Moscou) reanima-se e organiza a sua própria guerra da reconquista, voltando a anexar os seus territórios. Depois da queda de Constantinopla em 1453, Moscóvia permaneceu como o único estado cristão mais ou menos funcional na fronteira oriental da Europa, permitindo reclamar a sucessão do Império Romano Oriental. No começo do século XVI, o principado decide que o objectivo nacional seria recuperar todos os territórios russos perdidos durante a invasão dos tártaros e proteger a região fronteiriça do sul contra contra-ataques dos tártaros da Crimeia e do império otomano. Os nobres foram obrigados a servir nas forças militares para esta reconquista.

No século XVI, Ivan, o Terrível, foi oficialmente coroado o primeiro czar da Rússia, em 1547. Durante o seu reinado, Ivan IV reconquista os territórios aos tártaros e cria uma Rússia multi-cultural e multi-religiosa. No fim do século, Ivan consegue criar as primeiras sementes na Sibéria. Ivan também será lembrado pelas atrocidades cometidas durante sua época.

As barreiras criadas pelos muçulmanos na zona da Turquia e do médio-oriente fizeram que as especiarias oriundas da Índia destinadas para a Europa passassem pela zona norte-este da Europa: Moscóvia. O principiado soube aproveitar esta tendência e criou grandes rotas comerciais entre a Índia, a Moscóvia e, por fim, a Europa.

Porém, as novas vias comerciais marítimas com o Oriente abertas pelos portugueses durante os Descobrimentos, contribuíram para o declínio da riqueza que então viera a ser gerada através dessas rotas comerciais.








Revolução Russa





A Revolução Russa de 1917 foi uma série de revoltas políticas na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, teve uma série de guerras e conflitos antes mesmo de começar a Revolução. O Governo Provisório propôs uma alienação entre os partidos Menchevique e Bolchevique e (Tataks), resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, o primeiro país socialista do mundo, que durou até 1991.
A Revolução compreendeu duas fases distintas:
  • A Revolução de Fevereiro (março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II da Rússia, o último Czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal.
  • A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o Partido Bolchevique, liderado por Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético.



Revolução de 1905

Em 1904, a Rússia, que desejava expandir-se para o oriente, entrou em guerra contra o Japão devido à posse da Manchúria, mas foi derrotada. A situação socioeconômica do país agravou-se, e o regime político do czar Nicolau II foi abalado por uma série de revoltas, em 1905, envolvendo operários, camponeses, marinheiros e soldados do exército. Dessa forma, a Rússia foi a primeira a entrar a na primeira guerra mundial.
A Revolução Russa de 1905, mais conhecida como "Domingo Sangrento", tinha sido derrotada por Nicolau II, mas serviu de lição para que os líderes revolucionários avaliassem seus erros e suas fraquezas e aprendessem a superá-los. Foi, segundo Lênin, um ensaio geral para a Revolução Russa de 1917

Revolução de 1917

Mesmo abatida pelos reflexos da derrota militar frente ao Japão, a Rússia envolveu-se em um outro grande conflito, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), em que também sofreu pesadas derrotas nos combates contra os alemães. A longa duração da guerra provocou crise de abastecimento alimentar nas cidades desencadeando uma série de greves e revoltas populares. Incapaz de conter a onda de insatisfações, o regime czarista mostrava-se intensamente debilitado.
Em 15 de março de 1917, o conjunto de forças políticas de oposição (liberais burguesas e socialistas) depuseram o czar Nicolau II, dando início à Revolução Russa.

Revolução de Fevereiro

A Revolução de Fevereiro de 1917 inaugurou a primeira fase da Revolução Russa de 1917. Seu resultado imediato foi a abdicação do Czar Nicolau II. Ela ocorreu como resultado da insatisfação popular com a autocracia czarista e com a participação do país na Primeira Guerra Mundial. Ela levou a transferência de poder do Czar para um regime republicano e democrático, surgido da aliança entre liberais e socialistas que pretendiam conduzir reformas políticas

Revolução de Outubro

A Revolução de Outubro na Rússia, também conhecida como Revolução BolcheviqueRevolução Vermelha, foi a segunda fase da Revolução Russa de 1917, depois da Revolução de Fevereiro do mesmo ano. Começou com o golpe de estado, liderado por Vladimir Lênin e pelos bolcheviques, contra o governo provisório, em 25 de outubro de 1917 (pelo calendário juliano) e 7 de novembro pelo calendário gregoriano. Foi a primeira revolução comunista marxista do século XX e deu o poder aos bolcheviques ou
Guerra civil

A guerra civil russa foi um conflito armado que eclodiu em abril de 1918 e terminou em 1921. Durante este período, exércitos e milícias de diversos matizes políticos se enfrentaram com o objetivo de implantar o seu próprio sistema. As partes em conflito incluiram ex-generais tzaristas, republicanos liberais, milícias anarquistas e tropas de ocupação estrangeiras. O Exército Vermelho foi o único vencedor do conflito, após o qual foi criado o Estado Soviético, sob liderança inconteste dos bolcheviques.
 
Criação da União Soviética

Terminada a guerra civil, a Rússia estava completamente arrasada, com graves problemas para recuperar sua produção agrícola e industrial. Visando promover a reconstrução do país, Lênin criou, em fevereiro de 1921, a Comissão Estatal de Planificação Econômica ou GOSPLAN, encarregada da coordenação geral da economia do país. Pouco tempo depois, em março de 1921, adaptou-se um conjunto de medidas conhecidas como Nova Política Econômica ou NEP.


Guerra Fria


Guerra Fria é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991). Em resumo, foi um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência.
É chamada "fria" porque não houve uma guerra direta ou seja bélica, "quente", entre as duas superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear. A corrida armamentista pela construção de um grande arsenal de armas nucleares foi o objetivo central durante a primeira metade da Guerra Fria, estabilizando-se na década de 1960 até à década de 1970 e sendo reativada nos anos 1980 com o projeto do presidente estadunidense Ronald Reagan chamado de "Guerra nas Estrelas".


Fim da União Soviética


O enfraquecimento do governo da União Soviética levou a uma série de eventos que terminaram por causar a dissolução da União Soviética, um processo gradual que ocorreu entre cerca de 19 de janeiro de 1990 a 31 de dezembro de 1991.
O golpe de agosto de 1991 praticamente abriu as comportas para o movimento de independência das repúblicas que compunham a União Soviética. As repúblicas do Báltico já tinham tentado separar-se em 1990, mas foram severamente reprimidas. Com o fracasso do golpe, o cenário mudou totalmente. As forças conservadoras estavam derrotadas e quem mandava realmente era Bóris Yeltsin – e não mais Gorbatchev, cujo poder estava completamente esvaziado.
Em 4 de setembro de 1991, Gorbatchev, como presidente da União Soviética, Boris Iéltsin, na qualidade de presidente da Rússia, e mais os líderes de outras nove repúblicas, em sessão extraordinária do Congresso dos Deputados do Povo, apresentaram um plano de transição para criar um novo Parlamento, um Conselho de Estado e uma Comissão Econômica Inter-Republicana. Embora tentasse estabelecer os parâmetros para uma nova união entre as diversas repúblicas, esse plano, na verdade, significava o desmantelamento formal da estrutura tradicional do poder soviético.



Nenhum comentário:

Postar um comentário